Como as crianças compreendem os assuntos dos adultos?
Costuma-se dizer que elas são como “esponjas”, absorvem tudo a qualquer momento.

Não é para te pressionar, mas tudo o que você fala e faz interfere no desenvolvimento delas!

Quem quer estar minimamente atento à infância deve saber que as crianças nos observam o tempo todo. Somos pontos de referência para elas, e por sua óbvia “imaturidade adulta” para tantos temas, assimilam sem qualquer filtro.

Não precisamos ir longe: pense em quantos pequenos momentos e situações estão impregnados em suas memórias de infância… e agora imagine que adultos presentes nelas se recordariam delas neste momento!

O que podemos fazer diante disso?
Como viver naturalmente, sabendo que também é natural termos essa influência sobre elas?

Dirigir nossas reflexões para este último ponto é mais do que necessário. As crianças estão, sim, permeadas por todos os conteúdos e experiências que as rodeiam, e captam o que os adultos falam e praticam muito mais do que imaginamos. Diante deste fato, uma coisa se torna premente: a regra que lemos em todos os Seminários Insight, CUIDAR DE MIM PARA PODER CUIDAR DOS DEMAIS, acaba ganhando uma dimensão tal, a ponto de converter-se na mais potente forma de educação dos nossos filhos.

Sim, eles vão nos imitar, vão nos copiar, e acima de tudo, vão nos admirar. Se não estivermos constantemente vigilantes com relação a nossos pensamentos, sentimentos, sensações e ações, estaremos influenciando diretamente nas escolhas dos nossos filhos. Portanto, como fazer com que isto não se torne uma neurose, como acontece para alguns adultos, que entendem isso mas buscam uma artificialização de hábitos para esconderem seus defeitos perto dos filhos? A melhor resposta para isso é MANTER UMA COMUNICAÇÃO CLARA COM ELES, e isso na maioria das vezes, é simplesmente ASSUMIR-SE NUM PROCESSO DE AUTODESENVOLVIMENTO. Muitos adotam linhas que buscam este resultado mantendo comunicações explícitas e intelectuais com os filhos, muitas vezes antecipando conteúdos e julgamentos com relação às coisas do mundo dos quais as crianças não estão preparadas para enfrentar. De forma EMPÁTICA, a ideia é justamente o contrário: como, me imaginando com a idade, o linguajar e a fantasia desta criança, posso seguir me mantendo absolutamente HONESTO com ela? A resposta para esta pergunta gera um exercício e tanto! Muitas vezes, quando estou bravo ou irritado, meus filhos pequenos, que têm entre 2 e 6 anos, me perguntam o que está acontecendo. Eu poderia contar-lhes como foi o meu dia, como isso ou aquilo não deu certo no trabalho, ou como minha esposa me encheu a paciência – segundo meu ponto de vista – e estou querendo agarrá-la pelo pescoço. Ou então, posso simplesmente assumir minha responsabilidade, dizer-lhes que estou fora de mim e vai passar, ou, numa imagem ainda mais profunda na fantasia deles, dizer que estou tomado pelos “trolls”, que jogaram seu pozinho em mim e que agora preciso me limpar! De qualquer maneira, ao ASSUMIR MEU ESTADO NEGATIVO, usando uma linguagem que lhes seja leve e clara, meus filhos entenderão o que já sabem no seu íntimo: somos humanos, erramos, no ressentimos e sentimos raiva… e precisamos buscar uma ação que altere nossa rota para voltarmos à essência de quem somos.

Ao facilitar Insight Crianças, um formato especial dos Seminários Insight para idades de 6 a 12 anos, em que lhes entregamos ferramentas incríveis para aproveitar melhor a vida, através de jogos e brincadeiras – se você já fez este seminário quando pequeno ou já serviu dando assistências como adulto sabe do que estou falando – o que mais percebo é o quanto as crianças estão abertas a estender a mão àqueles que se abrem para pedir ajuda. E elas também querem muito encontrar pessoas com as quais se sintam confiantes para se abrirem. Em outras palavras, elas são absolutamente sensíveis e compassivas com quem pára de fazer jogos, manhas ou dramas, admite que está passando por algo ruim ou desconfortável, e decide mudar de postura e fazer algo em relação a isso. Nos seminários dizemos que quando sentimos, pensamos ou criamos ações negativas, estamos FORA DO CORAÇÃO – e isso aconrtece com todo mundo. O que podemos fazer nestes momentos é lembrar de quem está no controle da nossa vida, fazendo-nos perguntas simples: QUEM ESCOLHE SUA ATITUDE? Eu. QUANDO? Agora. EM QUANTO TEMPO PODEMOS MUDAR DE ATITUDE? Assim de rápido! E com estas repetições positivas, um empoderamento pessoal nos redireciona para a criação da vida que queremos, nos dando conta de que podemos escolher a cada instante por ações que gerem mais paz e felicidade. Eu sei que a vida às vezes parece tão controversa, tudo está indo tão bem e de repente acontece algo ruim, mas sabe, isso faz parte do funcionamento do que chamamos de LIBERDADE. Se não há escolha, a liberdade não existe. Se há escolha, às vezes fazemos bem, às vezes fazemos mal. O que podemos fazer para menos negativamente e mais positivamente? Assumir-nos como somos, neste instante, em nossas preciosas qualidades e no que sabemos com toda honestidade que precisamos melhorar. É necessário coragem para buscar uma comunicação empática com nossos filhos, e deixá-los saber que todos nós, sem exceção, estamos em construção. Assim, quando nossas crianças também estiverem diante de seus desafios, elas poderão contar com a nossa ajuda para saber que é preciso agir no mundo apesar do medo; ainda que erremos, iremos aprender, crescer e avançar.

As boas notícias, apesar de tudo, é o que aconteceu para muitos de nós: só quando sabemos que nossos pequenos vícios impactarão a vida de nossos filhos é que decidimos mudar. Então, é uma boa escolha tornar-se disciplinado(a) para com nossos próprios atos; é o melhor presente que podemos dar às crianças. E ainda bem que elas existem para nos ajudar a fazer o que não pudemos fazer por nós mesmos! Assumir-nos como somos, e buscar transparência ao lidar com nossos filhos, buscando honestamente e com afinco nos transformarmos em seres humanos melhores, é uma oportunidade que a vida nos traz de realizar um mundo melhor.

A mudança começa em mim, reflete nos meus filhos, irradia na minha família, ilumina a minha vizinhança, inspira o meu bairro e a minha cidade, inflama o meu país e o mundo. Que estas palavras te marquem e te guiem para uma vida mais plena. Te vejo por aí em algum Insight Crianças. Até lá!

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